A COMUNIDADE JUVENIL FRANCISCO DE ASSIS

Acesso e distribuição dos espaços na CJFA, em Eiras.

A Comunidade Juvenil Francisco de Assis (CJFA) foi constituída em 1968 como Associação de Solidariedade Social, sendo registada como Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) em 03 de Julho de 1987, com o número de registo nº 22/1987. É pessoa jurídica canónica de natureza pública que, por alteração dos seus estatutos a 13 de Novembro de 2015, assumiu a forma de fundação autónoma na ordem canónica, reconhecida como IPSS, sucedendo em todos os direitos e obrigações à CJFA constituída em 1968.

Os objectivos principais das suas actividades são o apoio à infância e juventude, e aprotecção e integração social de mães e filhos vítimas de violência doméstica ou com carências socioeconómicas.

A Comunidade Juvenil Francisco de Assis tem a suasede administrativa em Eiras, na Rua da Cruz do Vale do Seixo, nº 2, 3020-085 –Eiras, COIMBRA, sendo a entrada feita pelo portão sito na pequena travessa do Casal do Gabarra.

Desenvolve de momento duas respostas sociais:

no âmbito da resposta social Comunidade de Inserção para Mulheres em Risco, a Comunidade de Inserção “Família Unida” (CIFU) ou Casa das Mães, com casa própria.
no âmbito da Lei de Protecção de Crianças e Jovens em perigo, apresenta dois polos de Casa de Acolhimento Residencial (CAR) para crianças e jovens de ambos os sexos: um na sede, em Eiras, e outro em Olho Marinho, Concelho de Vila Nova de Poiares.

MISSÃO

A Comunidade Juvenil (S.) Francisco de Assis é uma Instituição Particular de Solidariedade Social dedicada a criar e desenvolver respostas adequadas às necessidades das crianças, jovens, mulheres, mães e suas famílias, acolhendo prioritariamente fratrias e núcleos familiares preservando os laços e ligações familiares e intervindo com profissionalismo e responsabilidade, primando pela qualidade e ética profissional.

VISÃO

Ser uma referência no âmbito do acolhimento de crianças, jovens, mulheres e mães e da intervenção familiar, procurando a melhoria contínua das suas práticas, numa perspectiva colaborativa e reflexiva.

VALORES

Sendo a Comunidade Juvenil (S.) Francisco de Assis uma fundação religiosa católica, em qualquer uma das suas respostas sociais, prossegue os seus fins na perspectiva dos valores do Evangelho, orientando a sua acção socio-caritativa à luz da Doutrina Social da Igreja, tendo em conta os seguintes princípios:

  1. A natureza unitária da pessoa humana, as respostas são adequadas às necessidades de cada pessoa, no respeito pela sua individualidade, dignidade e autonomia, tendo como objectivo o seu aperfeiçoamento cultural, espiritual, social e moral. A promoção de um espírito de integração comunitária de modo a que a população e os seus diversos grupos se tornem promotores da sua própria valorização e desenvolvam o sentido da solidariedade;
  2. O desenvolvimento do espírito de convivência e de solidariedade social como factor decisivo de trabalho comum, tendente à valorização integral das crianças e jovens e das suas famílias, com vista à sua inclusão social, bem como das mulheres e filhos que integram a Comunidade de Inserção.

    Valorização, integração social

  3. A realização de um serviço de qualidade que proporcione, com respeito pela liberdade de consciência, formação cristã aos seus beneficiários e não permita qualquer actividade que se oponha aos princípios cristãos;
  4. A prioridade à protecção das pessoas mais pobres e desfavorecidas ou atingidas por calamidades, mobilizando para tal os recursos humanos e materiais necessários à promoção e protecção das crianças e jovens, bem como de mulheres e crianças vítimas de violência;

    Combate à pobreza

  5. A cooperação com grupos permanentes ou ocasionais que, no âmbito local, regional e nacional, se ocupem da promoção, assistência e melhoria das populações, articulando com grupos de trabalho tecnicamente preparados e devidamente qualificados;

    Cooperação

  6. seguimento, na sua actividade, dos princípios católicos e não aceitação de compromissos que de alguma forma condicionem a observância destes princípios;
  7. A participação na acção social da comunidade, em estreita cooperação com outras instituições e grupos de acção social, e com a entreajuda cristã de proximidade, dando o seu contributo para a solução dos problemas sociais, à luz da doutrina social da Igreja;
  8. A escolha dos seus próprios agentes (trabalhadores, colaboradores, auxiliares) de entre as pessoas que partilhem, ou pelo menos respeitem, a identidade católica das obras de caridade.

Trabalhadores, Colaboradores, Auxiliares….

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PEDAGOGIA E ACOMPANHAMENTO

O objectivo principal do acolhimento de crianças e jovens nas nossas Casas de Acolhimento Residencial, bem como das mulheres integradas na Comunidade de Inserção é, como atrás foi dito, providenciar o apoio, aos mais diversos níveis, promovendo os cuidados necessários ao seu desenvolvimento físico, emocional, intelectual, moral e espiritual, garantindo condições afectivas, sociais e económicas, de modo a que progressivamente haja um desenvolvimento pessoal e uma adaptação gradual que leve à interiorização de regras pessoais e sociais, e à formação de uma auto-imagem positiva, indispensáveis para a autonomia de vida e inclusão social que se deseja, como cidadãos plenamente integrados e úteis à sociedade.

Promove-se sempre que possível o acolhimento de fratrias, dado considerarmos como fundamental a preservação dos laços familiares e a importância das relações entre os irmãos, como suporte referencial e afectivo, que pode minimizar o sofrimento que provoca sempre o afastamento da família de base.

Acolhimento de fratrias
As crianças e jovens frequentam as diversas escolas locais

As nossas crianças e jovens frequentam as diversas escolas locais, nos diferentes graus de ensino, de modo a que, após terminarem o Ensino Básico, possam optar pelo ramo de ensino de que mais gostam, dentro da oferta das diferentes Escolas das áreas geográficas onde se inserem. Considera-se também fundamental para o seu desenvolvimento a inserção das crianças e jovens em actividades extra-escolares, como a prática do desporto e a frequência de outras actividades complementares à sua formação.

Promovem-se as competências de autonomia de vida do jovem, com vista à sua consolidação e posterior autonomização, nomeadamente no que respeita aos cuidados pessoais e higiene (banho diário, escovagem dos dentes após as refeições, selecção do vestuário e calçado de acordo com a estação do ano e as condições climatéricas);

De igual modo, se incentiva à organização e higienização dos espaços (arrumação dos seus pertences, mudança da roupa da cama, limpeza dos espaços e mobiliário com a correcta utilização dos equipamentos, produtos e utensílios necessários e adequados a cada situação);

Organização e limpeza dos quartos
Tratamento do vestuário e calçado – lavagem de roupa

Também se promove o treino no que respeita ao tratamento do vestuário e calçado (triagem do vestuário e preparação para colocação na máquina de lavar, selecção do programa mais adequado às peças de roupa a lavar, colocação correcta da roupa no estendal, passar a ferro diferentes peças de vestuário, roupas de cama e atoalhados, higienização do calçado e devida manutenção consoante o material utilizado na sua produção);

No que respeita à organização e gestão doméstica, realiza-se o atelier de cozinha, (elaboração de ementas, identificação e selecção dos géneros alimentares e quantidades necessárias para a sua confecção, preparação dos alimentos crús, preparação dos alimentos a confecionar, confecção dos alimentos de acordo com a receita seleccionada, aquisição de géneros alimentares tendo por base um orçamento disponível e a confecção de determinada receita (lista de compras), manutenção de um registo actualizado das suas receitas, despesas e poupanças no sentido da gestão dos recursos financeiros e respectiva priorização, comparação de preços de produtos de higiene, vestuário, calçado e géneros alimentares para de acordo com o orçamento disponível selecionar os artigos a adquirir);

Atelier de cozinha
Transportes públicos

Incentiva-se à cidadania activa: utilização adequada dos recursos e serviços disponíveis aos cidadãos, nomeadamente dos transportes públicos, dos serviços de identificação civil, finanças, segurança social, saúde, bancos, correios, etc.

Também no que diz respeito às senhoras que residem na Comunidade de Inserção, consoante a formação de base que trazem ao integrar a CJFA, e aos aspectos psico-sociais vividos, por vezes, ainda com demasiada intensidade, necessitando de todo o apoio psicológico e afectivo possível, sugere-se que integrem Cursos Profissionais, ou outros, podendo complementar a sua formação de base, e/ou adquirir outras competências, para que aos poucos se possam ir integrando no mercado de trabalho, e criando a sua autonomia de vida.

Integração em Cursos Profissionais
Equipas multidisciplinares

Qualquer uma das respostas sociais funciona 24h/dia. O acompanhamento das crianças e jovens das CAR, bem como das mulheres e crianças da Comunidade de Inserção, é feito por um corpo técnico permanente, constituido por equipas técnicas e educativas, bem como por equipas de apoio; as equipas são compostas por Assistentes Sociais, Psicólogos, Animadores Socio-Educativos, Auxiliares de Educação e Auxiliares de Apoio, entre as quais estão as Cozinheiras, Vigilantes Nocturnos, elementos do Secretariado e da Contabilidade e Encarregados de Serviços Gerais.

Estas equipas intervêm em situações de risco e perigo, após avaliação e diagnóstico, e implementam estratégias de intervenção necessárias e adequadas à diminuição ou erradicação dos factores de risco.

Cada criança e jovem tem um plano de intervenção, muitas vezes definido em colaboração com outras entidades congéneres, sendo acompanhadas pelas equipas; este trabalho é complementado com o trabalho gradualmente realizado pelos técnicos, com as respectivas famílias.

Integração em Cursos Profissionais
Professora de apoio destacada pelo Ministério da Educação

As Equipas Técnicas, têm também a responsabilidade no que respeita às medidas de promoção e protecção aplicadas pelas Comissões de Protecção ou pelos Tribunais, de as executarem nos termos do acordo de promoção e protecção ou da decisão judicial.

Há também um(a) professor(a) destacado(a) anualmente pelo Ministério da Educação que faz o acompanhamento específico da parte escolar de cada criança e jovem.

No que diz respeito às Mulheres inseridas na Comunidade de Inserção é também definido com cada uma o seu projecto de vida, e sempre que possível são inseridas, como atrás se disse, em programas de Ensino Profissional. As crianças aí acolhidas, todas elas com processos de Promoção e Protecção, frequentam as Creches, Jardins de Infância ou Escolas consoante o seu escalão etário.

Mãe lendo conto aos filhos