A Comunidade de Inserção de Mulheres em Risco (CIFU) tem como objectivo geral a prevenção e reparação de situações de exclusão ou vulnerabilidade social, através do acolhimento temporário de mulheres, com ou sem filhos, em situação de risco e/ou vítimas de violência doméstica, colocadas pelos Tribunais ou pelas CPCJ, sempre em articulação com outras respostas e serviços da comunidade. São providenciados o alojamento, alimentação e cuidados de higiene, para além de apoio psicológico e social, a cada um dos elementos que integra a CIFU, respeitando sempre a sua dignidade humana, e ajudando a promover a sua autonomia e a reconstrução do seu projecto de vida. As crianças acolhidas com as mães têm processos de Promoção e Protecção, e dependendo do seu escalão etário e do seu desenvolvimento, integram-se nos diferentes serviços educacionais – Creches, Jardim de Infância e/ou Pré-Primária, Escola EB1, Escolas EB2,3 e Escola Secundária. Sempre que possível promovem-se actividades no exterior. A Comunidade de Inserção tem casa própria, isolada no espaço total da sede da Comunidade Juvenil Francisco de Assis. Com capacidade para 15 utentes (mães e filhos), funciona 24h por dia, durante todo o ano, como consta do Regulamento Interno, tendo um Acordo Atípico homologado em Coimbra, a 1 de Junho de 2000.

Separada da outra resposta social através de uma linha de edifícios que contêm os serviços comuns, como: Rouparia com telheiro de secagem de roupa, Lavandaria, Serviços Administrativos e de Contabilidade, Ludoteca, Gabinetes Técnicos e da Direcção, Bibilioteca, Sala de Estudo e de Visitas, Cozinha, Refeitório e Oficina.

Após um período de adaptação, e privilegiando metodologias de intervenção centradas na situação concreta e única de cada caso, procura-se a melhor solução para a autonomização de cada utente – mulheres e filho(s) – através do treino das competências pessoais e parentais (no caso de haver filhos), sociais e profissionais. Internamente promove-se o treino de competências em áreas como a Gestão Doméstica, a Organização da Vida Quotidiana e da Economia Familiar, ao mesmo tempo que se faz um acompanhamento psicossocial; são também verificadas as condições de saúde de cada utente, levando por vezes a múltiplas consultas, de modo a controlar o melhor possível este aspecto fundamental para que se possam trabalhar as outras áreas.

Externamente, procura-se integrar a utente ou numa experiência de trabalho ou numa Formação Profissional, e em caso de não ter a Escolaridade Básica, procura-se encontrar formações que certifiquem também a escolaridade pelo menos até ao 9º ano.

A Comunidade de Inserção de Mulheres em Risco tem uma Directora Técnica, uma Psicóloga a tempo parcial, e duas funcionárias a tempo inteiro.